
Tive uma colega de trabalho, acabada de sair da faculdade e com menos de um ano de experiência, que começou a sentir as dores de trabalhar numa empresa de grande dimensão.
As decisões do chefe, os stresses com os colegas e, sobretudo, as críticas e conselhos que recebia dos outros, sem ter pedido nada…
Um dia, ela perguntou-me:
“Se voltasses à fase da tua vida onde tinhas um ano de experiência, qual seria o conselho que darias a ti mesmo?”
Eu não soube responder, porque fui apanhado de surpresa.
Fiquei ali uns momentos sem saber o que dizer porque nunca tinha imaginado efetivamente uma resposta para essa pergunta.
Aquela pergunta não me saiu da cabeça, e andei uma semana a refletir sobre ela.
Quando cheguei a uma conclusão, convidei-a para ir tomar um café a meio da manhã, para finalmente lhe responder…
Eu: “Lembras-te daquela pergunta da semana passada?”
Ela: “Sim!”
Eu: “Foi das melhores perguntas que já me fizeram, porque parece algo tão simples, mas para mim não foi. Durante uma semana que ando a pensar nisso e já tenho a resposta.”
Ela: “Então, qual era o melhor conselho para ti mesmo?”
Eu: “O conselho seria ouvir mais do que falar. Nós temos 2 ouvidos e 1 boca, e além das razões mais científicas, é porque devemos ouvir pelo menos o dobro do que dizemos.”
E continuei…
Eu: “Ouvir não é só as palavras entrarem a 100 e sair a 200.
É escutar, “encaixar”, refletir e depois responder.Isso sim é sinal de maturidade, experiência e confiança.
Sinto que se já me tivesse apercebido disso mais cedo, tinha evitado muitas situações em que saí a perder porque não escutei, apenas ouvi e respondi logo.”
Ela ainda hoje me agradece esse conselho.
E vocês, o que responderiam se tivessem recebido essa pergunta?